"- Dentro de nós existem apenas três coisas: o bem, o
mal e o nosso corpo debatendo-se entre eles."
(Três Desculpas para Matar)
Acordando de manhã relembrei o dia turbulento de ontem, mas
agora pensando por um outro lado foi bom. Os fatos foram esclarecido, não era
mais uma suspeita, para o povo ali.
Tuck, já não estava mais entre nós. Me assombrando. Mas eu
sabia que aquilo não terminava ali. Minhas coisas com Poll ficariam ainda mais
difícil. Todo dinheiro agora seria pouco.
Agora, não teria como aparar o mal eu teria que corta-lo
pela raiz. Pegar o que é meu, e partir. Partir pelo menos por um tempo.
Precisava de um tempo com Amy, e um tempo pra mim. Precisava
arrumar um jeito de Poll nunca mais me encontrar e arrumar um emprego descente.
Tinha vontade de incluir Justin em meus planos, mas dele eu
nunca tinha certeza de nada. Eu não podia confirmar que na hora do café ele não
me mandaria embora. Ou que ele estivesse pronto para agir sem mim. Até porque
ele mesmo me recusou uma vez.
As coisas acontecem em uma velocidade assustadora. Uma hora
você tem tudo e em outra você não tem nada. Uma hora você tem um chão, e no
outro você esta caminhando sobre uma corda bamba sobre um oceano sem fim.
Meus pensamentos iam longe, e meus pés saiam do chão. Porque
, talvez,apenas talvez, eu nunca deixei de ser aquela menina frágil, tentando
se proteger do mundo. Tentando proteger quem ama.
Olhando para trás, olhando meus erros, vejo que sem eles eu
não estaria aqui. Mas sinceramente não é bom estar aqui. Lutando para manter a
vida de alguém, que você não tem mais os totais domínios.
Eu nunca tivera o controle da situação. Minha vida sempre
fora um filme rápido de terror ou ação. Não podia definir.
Quando me olho no espelho, mão consigo acreditar que já vi
tantas coisas. Não acredito que minhas mãos apertaram o gatinho de uma arma,
para tirar a vida de uma pessoa. Repugnante, mas uma pessoa.
Só agora percebi que não estava na minha casa, que não
estava na minha toca protetora –não tão protetora assim- eu estava em um quarto
diferente. Mas que eu já tivera ali. Era, sim,o quarto de Justin.
Mas onde ele estava?
Não sabia? A cama bagunçada ao meu lado indicava que ele
havia dormido ali. Pois, nada me lembrava da noite passada.
Medrosa, do Justin que eu poderia encontrar, me levantei.
Ainda relutando de não querer encarar nada no dia de hoje.
Prendi meu cabelo em um coque alto, e caminhei até o
banheiro ali presente., jogando uma água fria em meu rosto.
Voltando ao quarto, encontrei duas malas, no canto esquerdo
do quarto. Curiosa, caminhei até ela abrindo-a e encontrando todas as minhas
roupas.
Não fazia ideia do porque delas estarem ali, mas peguei uma
camisa vestindo apenas ela -ja que eu dormira apenas de roupas intimas-
Desci as escadas, encontrando Justin jogado no sofá trocando
de canal. Entediado. Ele por fim, direcionou seu olhar para mim.
-Bom dia –ele disse por fim
-Bom –sorri- porque tem minhas malas de roupas lá em cima
agora? –perguntei arqueando uma sobrancelha
-Você mora aqui agora. –disse dando de ombros
-moro aqui? –indaguei
-sim. Tem café na mesa, você devia comer –ele disse ainda
deitado
-eu vou –disse balançando minha cabeça para frente e para
traz, saindo da sala.
-ei –pude ouvir ele me chamar –meu beijo –completou quando
apareci na porta.
Caminhei até ele que mantinha um sorriso no rosto, e selei
nossos lábios em um beijo calmo e curto.
-depois vamos sair
-nós?
-sim –respondeu- te preparar para seu primeiro roubo.
-sei como agir –cruzei os braços –não preciso aprender nada.
-precisa –respondeu- agora vá comer, e se trocar. –disse passando
a mão em minha coxa. Sorri.
Caminhei até a cozinha me servindo de apenas um pedaço de
bolo e um copo de leite. Justin ainda estava jogado no sofá. E Bom ele estava
surpreendente hoje. Não disse que você nunca pode saber que Justin vai acordar
pela manhã.
Subi para o quarto novamente, ligando o chuveiro em uma água
morna. Me enrolei na toalha e caminhei de volta ao quarto.
Abri minhas malas jogando tudo em cima da cama. Preciso
arrumar isso no closet. Em meio a tantas
roupas, jogadas ali, escolhi um shorts verdinho e um top preto, com um salto
baixo.
[...]
Finalmente voltamos para casa. Passar o dia enfiada no
galpão é entediante e cansativo. E o pior era ouvir Justin dizer que tinha
muito que aprender. Isso é quase que me chamar de inútil.
Suspirei frustada, não queria falar com ele, não agora. Tava
cansada de “vamos por parte” “você tem que fazer isso e a aquilo”, mas na verdade
eu tinha mesmo que aprender.
Mas, meu orgulho de ‘mulher sabe tudo’ estava ferido. Me jogando na cama, desejei que Justin não
entrasse pedindo pra conversa. Não quero conversar, quero dormir.
Antes que eu pudesse fazer mais uma prece, ele entrou no
quarto, retirando sua camisa e jogando no chão.
-Vamos conversar –ele disse sentando na beirada da cama.
-vou tomar banho agora- falei,cortando o que ele poderia
começar.
-eu espero –ele disse se jogando na cama com os braços atrás
da cabeça.
Durante o banho, não me preocupei se estava demorando, pra
mim quanto mais enrolasse melhor. ‘coversar’ não gosto disso. Mas a
curiosidade, me consome, mas o medo de um “ataque” também era presente.
Em meus pensamentos vieram a tona, o dia em que apanhei como
uma cadela, na minha própria casa. Casa, que agora nem tinha mais.
-Agora você pode falar? –perguntou Justin assim que voltei
ao quarto
-tá- respondi com receio.
Me sentei na beirada da cama e fitei meu dedos.
-Já pode começar –disse agora olhando pra ele.
-Eu só quero te pedir uma coisa
-pede
-larga aquilo –ele disse fazendo uns gestos com as mãos-
fica comigo
-eu não posso –abaixei minha cabeça
-Porque você não pode?-perguntou se aproximando
-é algo meu –disse ainda com a cabeça abaixada
-Porque você não me fala?-perguntou ainda calmo
-Por que você não vai entender.
-eu juro que posso tentar –ele disse com um pequeno sorriso.
–por favor.
Minha cabeça dava reviravoltas como meu estomago. E eu não
sabia se devia, não sabia se era o momento certo. Minhas lagrimas desciam sem permissão, e eu tinha a tentativa invalida de secar todas elas.
Justin me olhava apreensivo, a espera de uma resposta. Mas
eu não conseguia, eu não podia, eu não tinha coragem.
-eu tenho uma filha –disse com um pingo de coragem que me
restava.
CONTINUA COM 7
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LoooL finalmente ela contou né? Mas agora o que resta saber é qual vai ser a reação do Justin? A fic ainda vai ter alguns capítulos. Não está tão no fim, mas está no fim. Boom... estou escrevendo uma nova fic, só tem dois capítulos pronto, mas tem. haha
Vai ser diferente dessa, mas também vai ter sexo,drogas,morte e outras coisas. Eu não vou falar sobre a fic agr -não muito- mas quando eu tiver um sinopse descente pronta eu juro que posto pra vcs.
Mas também tem uma coisa ruim, talvez eu não poste mais no blog. Mas isso eu quero que vcs me digam. Me procurem no twitter (@magicbi3ber ou @yeepdrew) pra falarmos sobre isso.
Então é isso. Beijão. Tchau!!