"Duvide que as estrelas sejam fogo. Duvide que o sol se mova. Duvida que a verdade seja mentira. Mas nunca duvide do meu amor."
(Cartas Para Julieta)
Drake Mode ON
Cheguei na cidade antes do previsto e ainda tive que esperar
aquele cara vir ao meu encontro. O lugar
em que estava hospedado era mais que horrível, eu estava até pensando em dar
uma vassoura pro pessoal daqui. Mentira dou presente pra ninguém não. A não ser
minha querida Megan.
A porta por fim foi aberta com força
-Drake certo? – o cara perguntou
-certo- respondi sem humor
-Sou Poll
-Podemos pular a parte das apresentações e partir pra
parte interessante
-MOLEQUE VOCÊ SABE COM QUEM TA FALANDO.
-De que se importa? Se fosse tão bom já teria resolvido
tudo.
-Você vai ganhar uma grana por isso
-Espero que você tenha um bom plano, não vendi minha casa de
varde
-eu já disse que você vai ganhar um bom dinheiro
-Não quero dinheiro –disse sério
-Ah moleque –revirou os olhos –o que vai querer?
-Ser seu braço direito
-riu- meu braço direito? Você ta louco?
-Ou isso ou eu não participo da tua parada
-Você não quer rever a Megan?
-Foda-se aquela vadia. –dei de ombros- e aquele rato que ela
chama de filha –riu
-É uma linda menina
-Quando crescer ela será bem mais útil –disse rindo –mas
voltando. Só estou dentro se eu ser seu braço direito
-tudo bem
Dias depois
Megan Mode On
-Aff você sempre esquece de alguma coisa –Justin reclamou
-é rapidinho amor- disse passando minhas mãos por sua nuca
-5 segundos Megan
-Mas não dá nem pra chegar na escada nesse tempo –beijei o
canto de sua boca
-1 minuto -rolou os olhos- no Maximo dois.
-Ok –disse depositando um beijo em seus lábios.
Virei me e caminhei até a porta de entrada
-Ei Megan-gritou
-O que?
-Rebola mais pra esquerda que a direita ta caindo. Gostosa
–gargalhou
-Vai se fuder –disse mandando dedo pra ele
Era o típico do Justin fazer essas piadinhas. Nesses últimos
dias ele estava assim. Brincalhão e mais leve. Ele estava trabalhando duro para
pegar Poll e o sucesso de seus planos estava deixando ele mais “feliz”.
Nossas brigas tinham diminuído e isso era extremamente bom.
Ao abrir a porta do quarto meu corpo todo tremeu ao ver
aquele corpo deitado na minha cama. Pisquei algumas vezes tentando apagar aquela imagem da minha mente,
mas não. Ao abrir meus olhos a imagem volto a aparecer. E a cada segundo meu
medo aumentava.
Mas não era real, não podia ser real. Ele estava morto!
Estou ficando louca só pode. Drake estava morto. Morto! E morto não podia estar
na minha cama.
-Olá Megan –disse risonho- Lembra de mim? Voce costumava me
chamar de ‘amor’- ele disse se aproximando e eu apenas engoli em seco sem
conseguir dizer nada – eu parti e te deixei para trás, mas agora eu voltei –ele
se aproximava cada vez mais –você sabe! Nossa historia não podia acabar daquela
forma –suas mãos tocaram meu rosto me fazendo arrepiar e dar um passo para
trás.
-Você está morto – disse mais para mim do que para ele ouvir
-Não estou meu amor –ele tocou meu rosto novamente e colou
nossas testas –eu voltei para você –disse colando nossos lábios
-Não –gritei com nojo
-Não faça assim Meg –tento se aproximar mais
-Sai sai sai –gritei na esperança de aquilo fosse apenas um
pesadelo
-Não faça assim Megan
Ele pegou meus braços com força e me prensou na parede
enquanto ia me beijando. O nojo corria pelo meu sangue, senti meus olhos se
umedecerem com as lagrimas se formando e a raiva pulsar em meu peito.
Tentei me afastar mas ele era mais forte e minha luta era
inútil. Esquivar-me de seus beijos ficava cada vez mais difícil, não por que
ele me seduzia, mas sim pela força que ele colocava sobre mim.
-Justin –gritei
-Não grite Megan –ordenou Drake – acabamos de começar Love
Drake jogou meu corpo com força no chão e atingiu meu rosto
com uma de suas mãos
-Vamos começar de leve tá amor? –falou sínico
Drake passou longos segundos dando tampas no meu rosto
enquanto lagrimas escorriam com mais intensidade. Ele então começou a tirar
minhas roupas.
A cada botam que ele abria, a cada toque dele eu pedia para
que um tiro acerta-se bem no meio da minha testa.
Eu sentia nojo, eu tinha nojo dele e eu estava sentindo nojo
de mim mesma por já ter me deitado com ele.
-Justin-gritei novamente
-Ei amorzinho, você tem certeza que quer que seu amante nos
veja assim?
Eu não conseguia responder, eu queria sair dali, mas eu não
conseguia.
Desviei meus olhos para qualquer lugar naquele cômodo para
não ter que ver Drake se despir na minha frente. Eu sentia o nojo percorrer
todo meu corpo novamente.
Ele por fim tirou minha ultima peça e começou a me penetrar.
Eu chorava a cada entocada, eu chorava a cada toque, a cada beijo. Eu tinha
nojo daquele homem. Ele tinha que parar.
-Você sabe... eu vi a nossa ratinha –nessa hora eu esqueci
completamente como se respirava- ela é linda, mas está um pouco machucada. –Machucada
minha menina estava machucada.
Minha mente gritava por socorro quando a voz dele me fez ter
um pouco de esperança.
-Vixi parece que seus amante é impaciente e está vindo para
cá.
A porta do quarto foi aberta e eu só pude ver os olhos
raivosos de Justin e a risada debochada de Drake.
-Que diabos está acontecendo aqui?
-Olha quem chegou –ele disse com gostinho de vitoria.
Eu não sei como aconteceu mas em poucos segundos Justin voou para cima de Drake. A fúria de
Justin era visível a milhares de metros, e quando aqueles olhos focaram em mim
deixando Drake quase desmaiado no chão eu suspirei.
-Que porra você está fazendo com esse cara? –Justin gritou
correndo até mim.
Não de novo não. Gritei no interior de minha mente.
Drake rapidamente se arrastou até suas roupas, retirando uma
arma do bolso do seu casaco. Justin me olhava furioso e com o canto dos olhos
observei Drake mirar na direção dele.
Não pensei duas vezes antes de me jogar sobre o corpo de
Justin e levar nossos corpos ao chão.
O barulho que a bala fez ao se chocar com qualquer coisa
naquele cômodo me fez sentir uma alivio por ter nos mantido ‘salvo’
Justin rapidamente rolou no chão saindo de baixo de mim e
acertando Drake com um chute no estomago.
Justin pegou a arma que estava em suas mãos e mirou para
ele.
-Se vista –ordenou
Sequei minhas lagrimas e acenti pegando minhas roupas.
-Você não tem noção Megan –Drake disse – Eu sou foda, você
não tem noção. –Justin o chutou novamente fazendo com que ele fizesse uma pausa
–eu sobrevivi naquele acidente, eu me mantive vivo. Eu entreguei Amy ao Poll
porque eu não suportava aquele choro e eu tinha uma divida com ele. Eu sai no
mundo, eu desapareci e todos acharam que eu estava morto. Mesmo de longe eu
sabia cada passo seu. Dos caras com quem saiu, de que estava pagando a divida
que deixei, e que se encontrou com esse cara ai – eu não podia impedir que as
lagrimas caíssem- você foi idiota, se arriscar por causa daquele verme?
-Cala boca- gritei
-E então chegou a minha hora de voltar –riu- e tive a oportunidade
de transar com você antes de finalmente morrer. Você é uma vadia Megan, sempre
foi. Por que que tipo de mulher direita vai pra cama com um cara aos 14 anos?
Você é uma prostituta barata Megan.
A cada palavra dele, mais lagrimas caiam. Eu era uma vadia,
isso eu não podia negar. E tudo começou a dar errado desde o momento em que
nossos olhares se cruzaram pela primeira vez.
Justin me olhou e fez menção para que me aproximasse e assim
fiz.
Justin entregou a arma em minhas mãos me dando a
oportunidade de acabar com a vida de quem acabou com a minha. Mas eu apenas
peguei a arma coloquei na cintura e segui em direção a porta.
Me virei para ele engatilhei a arma e disparei dois tiros,
vendo uma poça de sangue se formar em volta do corpo dele. Assoprei a ‘boca’ da arma e guardei na
cintura novamente vendo Justin abrir um sorriso enorme.
Eu lambo a arma
Quando termino
Porque sei
Que a vingança é doce
Muito doce
-É disso que o papai gosta –disse antes de selar nossos lábios.
Me separei rapidamente de Justin ao ouvir um barulho e em
seguida ver a imagem de Poll na escada de minha casa. Meus olhos e de Justin se
arregalarem e então começaram a ser disparados tiros de tudo quanto é lado.
Me abaixei rapidamente assim como Justin.
-Entra no quarto e pega uma arma lá.
-que?
-anda Megan –falou impaciente – faz o que to mandando
-você não pode se salvar apenas com esse revolver de merda –fiz
um esfoço para não gritar
-anda Megan
Fiz o que Justin pediu e então os tiros do lado de fora
ficaram mais intensos. Peguei a melhor arma que pude ver ali e voltei correndo
para perto da porta.
Com a mão na maçaneta da porta dei a ultima olhada para o
corpo do desgraçado e pude ver um celular junto a suas calças.
Corri até lá e peguei o mesmo. O ultimo numero chamado
estava com o nome Poll. Essa era minha chance.
Peguei uma peça de roupa colocando sobre o aparelho para
disfarçar a voz e disquei o numero. Poll não demorou para atender
-Caralho onde você está Drake? -morto pensei
-A Megan ela ta fugindo. Corre pro lado de fora, atrás da
casa. Corre –disse e desliguei
Esperei um tempo antes de abrir a porta e sair agachada do
quarto encontrando Justin no mesmo local.
-Caralho você demorou –Justin rosnou
-Poll está fora da casa, ele foi pra lá. É a sua chance
-Você está brincando? –o sorriso dele era enorme
-Não –selei nossos lábios rapidamente –agora vai. Eu fico
com ele.
Eu não podia negar eu estava com medo , mas eu precisava me
livrar desses caras. Eu treinei eu sei como fazer, vai dar tudo certo eu tenho
certeza.
Justin Mode On
Sai da casa assim como Megan me falou. Foi difícil sair e
deixa-la lá, mas ela consegue eu acredito nela.
Ao observar Poll completamente distraído mirei exatamente no
meio da sua cabeça e comecei a me aproximar. Eu nunca tive uma oportunidade
dessas.
-Olá Poll – disse rindo o fazendo virar para mim rapidamente
-Bieber? –era possível perceber um pouco de medo em seu tom
de voz. Ele sem seus caras não era nada.
-Você sempre achou que iria me pegar não é? Mas você tem que
entender que eu sou o melhor
-Eu consegui acabar com todos seus caras sem ser percebido –disse
orgulhoso
-tenho certeza que minha mulher vai dar conta dos seus
também
-Se Drake não a pegar primeiro –falou debochado
-Drake? –ri- Desculpa lhe informar mas esse já ta sentado no
colo do diabo a um bom tempo.
-Como?- engoliu em seco –DESGRAÇADA-gritou
-Baixa bola ai amigão –falei acertando seu pé
-Filho da puta –gritou
-Unha encravada? –falei debochado acertando seu outro pé –Onde
está a menina?
-Que menina? –perguntou
-a minha vó Poll
-sei lá deve ta sendo devorada por minhocas. Ou nem minhoca
quer por ser sua parente –riu debochado
-Fala logo merda –gritei
-Se quiser a menina vai ter que procurar
-a é? – Mirei seus pés novamente acertando um tiro em cada
um fazendo com que Poll desce alguns pulinhos. Aquilo era divertido pra
caralho. –fala –gritei acertando um tiro na sua perna –eu to perdendo a paciência
–acertei seu braço
-Km 5 primeiro galpão –gritou desesperado. Idiota
-valeu –agradeci antes de acerta uma bala em cheio no seu
coração
Me virei para casa vendo Megan vir correndo em minha
direção.
-eu consegui –ela gritou pulando em meus braços –eu consegui
–gritou novamente me fazendo rir
-você é a melhor –falei beijando seu pescoço
-eu sou a melhor nessa porra –gritou me fazendo rir
novamente –você matou ele?
-um tiro em cheio no coração do velho –disse rindo
-Você é o melhor –gritou antes de me beijar com vontade.
Parti o beijo com um sorriso nos lábios.
-vem temos uma coisa pra pegar de volta
Megan me olhou confusa mas não exitou em me seguir até o
carro. Antes de entrar no carro voltei e
mirei novamente em Poll antes de disparar outra bala.
-Porque fez isso? Ele já ta morto –disse confusa
-só pra ter certeza que ele não vai ressuscitar – disse fazendo
ela rir
[...]
Megan Mode On
Não entendi o motivo daquilo justo no momento em que tinha
milhares de corpos espalhados por todo canto daquele lugar.
-Justin por que saímos de lá com aquele povo todo lá?
-Já mandei mensagem pro Ryan
-Ah sim o que ele poderá fazer?
-colocar fogo lá
-Colocar fogo? –gritei
-não podemos mais ficar lá. –deu de ombros
-e pra onde vamos
-que tal México? –sugeriu
-Hmm acho que posso gostar. –pensei-mas porque vamos sair
daqui?
-Poll morreu, logo a policia e todos vão saber. Não é mais
seguro aqui.
-Hm entendo
Me permaneci calada todo trajeto ao desconhecido. Justin
dirigia por ruas desertas e isso não estava me agradando.
- Que diabos viemos fazer aqui? –disse observando o lugar
horroroso que Justin havia parado
-Entra – ordenou
-Ta louco? –gritei –não vou entrar ai
-entra – continuou firme –você não vai se arrepender. –Justin
beijou meus lábios rapidamente me encorajando a entrar no lugar – toma –disse me
entregando uma arma –se tiver alguém lá tu mete bala
-não precisa me dizer o que fazer –revirei os olhos
-daqui a pouco eu entro
Concordei e desci do carro e caminhei até o galpão e passos
curtos. Algo me dizia para seguir em frente e entra mas algo me dizia que era
melhor ficar aqui e não se arriscar.
Parada em frente a pequena porta relutei contra a vontade de
voltar pro carro.
Empurrei a porta com força fazendo que teias de arranhas
grudacem na minha mão
-credo –limpei minhas mãos na calça jeans e dei a ultima
olhada pro Justin que agora estava do lado de fora do carro me observando.
Entrei nu lugar escuro e completamente destruído ainda
tentando entender o porque Justin me mandou entrar ali. Corri meus olhos pelo
local fixando em um corpo, pequeno, preso por uma corda. Era.. era a minha
pequena.
Meus olhos se umedeceram de imediato e levei minha mão a
boca. Corri até ela e a abracei
-mamãe –ela susurrou
-filha –sussurei sem conseguir controlar minhas lagrimas.
Eu não podia acreditar, eu finalmente a encontrei, eu
finalmente tenho ela em meus braços novamente.
-eu te amo, eu te amo –sussurrei enquanto a enchia de beijo
Eu não sabia o que pensar. Desencontros e encontros,sorriso,
lagrimas,medo, emoção,coragem,superação. Antes uma vontade agora uma realidade.
Ela era a razão de eu estar seguindo em frente, ela nunca me deixou desistir. E
agora eu a tinha pra hoje,amanhã e para o resto dos tempos. Por que mais nada
vai tirar ela de mim, ela era a minha pequena,a minha pequena Amy.
O amor ele não tem limites, ele ultrapassa barreiras até o
reencontro. E quando isso acontece você sente aquela partezinha morta dentro de
você reviver. Você se sente completa, e
as lagrimas não são mais por motivos de tristeza mas sim de felicidade.
-eu tive medo mamãe
-eu estou aqui agora, Nunca, ninguém mais vai nos separar
pequena. – disse beijando sua bochecha.
Peguei em meu colo aquele pequeno ser e sai do galpão me
sentindo a pessoa mais feliz do mundo.
[...]
Estava sentada ao lado de Justin no jatinho particular dele,
observando cada detalhe do céu, e pensando e como as mudaram.
-eu amo você –disse me virando para ele
-eu também amo você –ele disse sorrindo
Encostei minha cabeça em seu ombro e fitei nossas mãos
juntas.
-Meg –ele me chamou
-Oi?
-O que aconteceu em Vegas fica em Vegas -disse sorrindo e piscando
Amor é fogo que arde
sem se ver;
É ferida que dói e não
se sente;
É um contentamento
descontente;
É dor que desatina sem
doer.
É um não querer mais
que bem querer;
É um andar solitário
entre a gente;
É nunca contentar-se
de contente;
É um cuidar que se
ganha em se perder.
É querer estar preso
por vontade
É servir a quem vence
o vencedor,
É ter com quem nos
mata lealdade.
Mas como causar pode
seu favor
Nos corações humanos
amizade;
Se tão contrário a si
é o mesmo amor?
Luís de Camões
FIM
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Oh meu deus, obrigada a todos que se manteram até o final. Obrigada por cada comentario. Eu sei que não ficou um final fodastico, maseu tetei das o meu melhor.
Obrigada até a próxima
@magicbi3ber